Feiras permanentes passarão por amplo processo de revitalização

Feiras permanentes passarão por amplo processo de revitalização

Ação da Secretaria das Cidades vai deixar os locais adequados também para a comunidade. A do Riacho Fundo I foi visitada nesta segunda-feira (29)

As feiras de Brasília são as “praias dos brasilienses”. É uma maneira carinhosa de dizer que os locais são, além de agradáveis pontos de consumo, cultura e gastronomia, lugares para jogar conversa fora e rever amigos. Se esses espaços populares estiverem revitalizados e em boas condições para receber a população, melhor ainda. É o que faz, neste momento, a Secretaria de Cidades, em parceria com a Novacap e as administrações regionais. Na manhã desta segunda-feira (29), por exemplo, a ação foi realizada no Riacho Fundo I.

As medidas estão sendo chamadas de Retrofit. “E Retrofit é uma palavra que vem do grego e significa, ‘transformar o velho em novo’. Nesse sentido, tratam-se de ações de organização das feiras, que pretendem normatizar, adequar, padronizar todo o sistema, dando dignidade para a população e para os feirantes”, explica o subsecretário de Desenvolvimento Regional e Operações da Secretaria das Cidades, Flávio Araújo. “Esses espaços estavam abandonados”, completa.

Neste primeiro momento irão passar pelo processo de renovação as feiras permanentes da Candangolândia, QNL (Taguatinga), Galpão do Gama, quadra 510 de Samambaia e, também, a feira do Riacho Fundo I. Na manhã desta segunda-feira (29) uma equipe da Novacap fez visita técnica na Feira Permanente do Riacho Fundo I para ver as condições do local.

O primeiro alvo da vistoria foram as calçadas, bastante deterioradas. Segundo Flávio Araújo, é um trabalho que não está sendo feito da noite para o dia, mas amadurecido na sua execução, objetivando beneficiar entre 40 mil e 50 mil feirantes, além, claro, da comunidade.

A medida inclui, por exemplo, a colocação de piso granitina em todas as feiras permanentes do Distrito Federal, instalação de sistema de segurança e incêndio, revitalização dos banheiros e calçadas e podas de árvore, além de desobstrução de boca de lobo e colocação de sinalizações internas verticais e horizontais como placas e iluminação pública. “Conversamos com o SLU para direcionar um lugar para fazer a coleta seletiva, ou seja, separação de entulho, o que é resíduo sólido e o que não é”, conta o subsecretário.

Regularização

Na Feira Permanente do Riacho Fundo I, com quase 30 anos de existência, muitos reparos precisam ser feitos. E não apenas isso, há, ainda, a questão da regularização dos feirantes, uma reivindicação antiga dos profissionais, como o casal Francisca e Jorge Luiz Simões que, há 27 anos vendem farinha, doces e temperos no local.

“Esse é um ponto positivo, um avanço no qual apostamos nesse governo, já que não fomos atendidos nas gestões passadas”, lembra Jorge Luiz. “Bom demais essa iniciativa do governador, estávamos esperando há bastante tempo porque nossa feira ficou largada. Quem sabe agora, com essa renovação, o movimento por aqui não aumenta depois que esse vírus for embora?”, torce Francisca Simões.

Para facilitar e acelerar a regularização das bancas da feira local, a Administração Regional do Riacho Fundo I disponibilizou servidor e estrutura para ajudar os comerciantes, oferecendo computador, impressora e atendimento. Atualmente, há 106 boxes no espaço. Desses, 98 estão ocupados e 66 regularizados.

“Boa parte de nossos feirantes são idosos, geralmente pessoas que não têm habilidade com internet e equipamentos eletrônicos. Então, colocamos à disponibilização da comunidade equipamentos e nosso corpo técnico, no sentido de agilizar todo o processo”, explica a chefe de gabinete da Administração da cidade, Rosana Lúcia de Souza.

Filha e neta de feirantes, a administradora regional Ana Lúcia Melo promete retorno eficiente para a comunidade e categoria. “É uma reivindicação antiga, nossos feirantes e frequentadores merecem um lugar de qualidade e faremos tudo para isso acontecer”, destaca. “Estamos todos animados, é um lugar que gostamos muito, é o nosso ganha-pão, e precisa ser melhor cuidado”, disse a feirante Ubaldina Costa Fernandes.

 

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